Baterias de Íon-Lítio – Como utilizá-las de maneira segura?

Conheça mais sobre essas baterias muito versáteis e como minimizar o risco de utilizá-las em suas operações.

As baterias de Íon-Lítio são popularmente utilizadas para o uso dos mais diversos dispositivos elétricos. Esses produtos são muito usados para brinquedos, veículos, celulares, notebooks e muito mais. Consideradas os modelos mais densos de energia disponível no mercado, elas podem oferecer grandes quantidades de corrente.

Além disso, elas possuem baixa manutenção e taxa de autodescarga. Entretanto, é necessário cuidado para o manuseio, instalação e armazenamento dessas baterias, pois elas podem explodir e pegar fogo, causando sérios prejuízos financeiros e até risco de vida para as pessoas que frequentam os locais.

O que são baterias de Íon-Lítio?

As baterias de Íon-Lítio são um modelo recarregável, que utilizam composto de lítio como um de seus eletrodos. O primeiro protótipo desse modelo de carga surgiu em 1985, com Akira Yoshino, que se baseou em pesquisas anteriores de John Goodenough e de outros especialistas da década de 1970. Entretanto, a primeira bateria comercial de lítio surgiu apenas em 1991, com uma equipe da Sony.

Com o passar dos anos, outros avanços surgiram nessas baterias, especialmente o uso de cátodos de níquel, manganês e cobalto. Essas mudanças permitiram que a densidade da carga, o desempenho e a segurança aumentassem. Isso torna as baterias ainda mais populares e facilmente encontradas em diversos produtos.

Por que a alta procura pelas baterias de Íon-Lítio?

A popularidade das baterias de Íon-Lítio se caracteriza muito pela sua grande vida útil e a ausência do efeito memória, ou seja, a degradação do ânodo ou do eletrólito. Além disso, o produto tornou-se indispensável devido a sua densidade volumétrica de energia e por ser versátil, sendo fabricada para diferentes fins e operações.

Também podemos citar a baixa manutenção que essas baterias necessitam, o peso mais leve que os modelos feitos de chumbo-ácido e por ser menos sensitiva a altas temperaturas. Entretanto, o maior desafio de quem trabalha com essas baterias é conseguir lidar com o produto que é altamente inflamável.

Uso das baterias de Íon-Lítio e os seus riscos

Apesar de ser um produto essencial para a diminuição do uso de carbono no planeta, o seu uso ainda pode gerar riscos de incêndio. Porém, já existem algumas formas de combater os acidentes causados por esse tipo de bateria.

Em agosto de 2021 ocorreu um incêndio em uma das maiores instalações de baterias da Tesla, na Austrália. As baterias eram usadas para armazenar energia renovável que posteriormente seriam distribuídas nas redes elétricas. O incêndio começou em um dos containers e tomou grandes proporções. Foram necessários 3 dias para acabar com o fogo. Para extinguir completamente a chama foi preciso esfriar as baterias e, nesse caso, o método de combate foi a água, apesar de não ser tão rápido foi efetivo.

Outro exemplo aconteceu em 2016, quando a Samsung realizou recall de mais de 2,5 milhões de celulares após relatos de problemas na bateria. Carros elétricos de marcas famosas como Tesla e BMW também tiveram seus problemas, inclusive a BMW precisou realizar o recall de mais de 10 modelos de veículos devido aos problemas com a bateria. Além disso, também existem casos de problemas em sistemas de armazenamento de energia, cigarros eletrônicos e muito mais.

O uso da bateria de Íon-lítio em ônibus elétricos, além de ter impacto direto na qualidade do ar, torna os veículos mais silenciosos e eficientes energeticamente. Porém, como foi noticiado existem riscos envolvidos. Alguns incêndios já foram relatados em ônibus e sua origem se deu por conta das baterias.

O que gera esse tipo de acidente é o risco de fuga térmica que pode acontecer a partir de uma única célula de bateria de íon-lítio que é submetida ao abuso mecânico e, assim, a reação em cadeia se inicia. Esse risco é muito alto em ônibus, pois, normalmente, as baterias ficam armazenadas em um espaço relativamente pequeno. Além disso as vibrações excessivas da operação normal de um ônibus pode ser um fator extra para gerar essa fuga.

Dessa forma, aderir a medidas preventivas para lidar com este produto é fundamental para a segurança e proteção das operações e de todos ao redor.

Como a tecnologia FirePro age na supressão de incêndios com baterias de Íon-Lítio?

Atendendo essa carência do mercado de um sistema de combate comprovadamente eficaz em incêndios com esse tipo de bateria, a tecnologia FirePro, líder mundial na fabricação de sistema de supressão de incêndios por Aerossol Condensado, reage com as chamas formando produtos estáveis, como o fluoreto de potássio (KF) e o bifluoreto de potássio (KHF2) neutralizando o incêndio.

Essa ação não permite que ocorra a formação de gases altamente inflamáveis, como o hidrogênio. Assim, é possível manter a temperatura no invólucro abaixo do limite necessário, permitindo que a fuga térmica se sustente.

Os modelos cilíndricos do FirePro são compactos e fornecem soluções práticas para a aplicação em diferentes espaços. Por exemplo em veículos elétricos, locais de armazenamento e muito mais.

Como implantar a tecnologia FirePro?

Embora seja recente o uso extensivo de baterias de Íon-Lítio nas mais diferentes operações, as preocupações com ela já existem há um tempo. Entretanto, ainda não há normas e nem protocolos de testes universalmente aceitos para a proteção contra incêndios para esse tipo de risco, isso porque essas baterias possuem diferentes modelos.

Por isso, seguindo a missão de estar na vanguarda dos sistemas de aerossol condensado, a FirePro encomendou ao laboratório italiano TCS Testing Consulting Security SRL, a realização de testes de incêndio em baterias de Íon Lítio em diferentes cenários, realizando mais de 50 simulações diferentes.

Dessa forma, o objetivo passou a ser entender como ocorrem os incêndios e as consequências da fuga térmica. Assim, foi elaborada uma avaliação completa para o desenvolvimento da tecnologia FirePro, que se demonstrou capaz de extinguir o fogo, controlar e suprir a fuga dos gases da bateria.

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